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MENSAGENS ANTIGAS

sábado, julho 03, 2010

ABA



ABA
“Eloi, Eloi, lama sabactani”. Deus meu! Meu Deus! Por que me desamparaste?

João da Cruz disse que jamais o coração humano poderá compreender a profundidade da aflição, do abandono total, da solidão indescritível e do completo desamparo que subjaziam aquele grito de Jesus. Mas mesmo nesse grito não há nenhum sinal de que Jesus jamais tenha perdido a confiança, ou a esperança, ou o descanso em seu Aba.
Aba significa papai, papá, paizinho, tatá, meu querido pai. Um bebê judeu por volta de 14 meses começaria a falar, ab – ab, ab, Aba.

Após meditar por 35 anos no drama do calvário, Pierre Benoit imaginou o Aba de Jesus falando ao seu filho enquanto este estava ali suspenso, nu, pregado no madeiro com cuspe a escorrer-lhe no rosto, o corpo banhado em sangue:  “Levante-se, (...) e venha comigo! Veja! O inverno passou; Aparecem flores na terra, e chegou o tempo de cantar; já se ouve em nossa terra o arrulhar dos pombos. A figueira produz os primeiros frutos; as vinhas florescem e espalham sua fragrância. Levante-se, venha minha querida, minha bela, venha comigo.”(Cânticos 2:1-13).

 “Aba estava chamando Jesus para casa, para uma intimidade de vida e amor impossível de descrever, um lar no qual toda lágrima é enxugada, onde não há mais pranto, não mais tristeza. E Jesus parece ouvir a voz de seu ABA, porque sua última palavra na cruz é uma resposta que brota da intimidade profunda e poderosa de seu próprio coração. Jesus brada: Aba. Aba, estou voltando. Estou voltando par casa. Em Tuas mãos entrego meu espírito; em Teu coração entrego meu coração. Aba, está concluído, consumado. Estou voltando para casa”.

Podemos diante das lutas existenciais da vida ser absorvidos pelo amor apaixonado de Deus, nosso Aba.  O Pai em Seu intenso propósito de misericórdia e graça. 
Também sou um menino do Papai! E você?
 Silas Barbosa Dias